Índice de vacinação em Salvador é de 33,95%, sendo que o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%
O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) atribuiu, nesta quarta-feira (16), o aumento de casos de catapora em algumas cidades baianas a baixa cobertura vacinal da doença no estado. Na terça-feira (15), a de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um alerta sobre a catapora.
De acordo com a CES-BA, o índice de vacinação em Salvador, por exemplo, é de 33,95%, sendo que o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%. O órgão não informou os números da cobertura nas cidades em que foram registrados surtos, nem em outros municípios baianos.
A imunização é feita em duas doses. A primeira é aplicada a partir do 15º mês de vida e faz parte da Campanha Nacional de Multivacinação. Segundo o Conselho, para conter o aumento de casos, os municípios precisam fazer ações de incentivo para que as crianças sejam vacinadas.
Até o dia 12 de agosto deste ano, foram contabilizados 443 casos da doença em todo o estado.
A Sesab não divulgou o número de casos no mesmo período de 2022 para comparação, mas revelou que o alerta desta terça-feira ocorreu depois de um aumento na notificação de surtos em unidades escolares de alguns municípios.
Em Fátima, cidade que fica no norte da Bahia, as aulas foram suspensas após um surto de catapora.
De acordo com a secretária de Saúde da cidade, Mônica Reis, 18 casos foram notificados nesta semana. Também há relatos de pessoas que não procuraram atendimento médico.
Apesar do ocorrido em Fátima, o alerta da Sesab não indica suspensão das atividades escolares em casos isolados da doença. Nessas situações, devem ser adotadas medidas específicas para as crianças que tenham tido contato com casos suspeitos e confirmados.
O alerta do órgão de saúde tem como objetivo promover medidas de prevenção e controle da catapora, que teve o maior coeficiente de incidência entre crianças menores de um ano de idade.
O documento da Sesab ainda aponta que toda a rede de saúde deve fazer notificação imediata de casos suspeitos de catapora às autoridades sanitárias municipais e estadual (vigilância epidemiológica).