A deputada Fabíola Mansur (PSB) protocolou, na Assembleia Legislativa, uma moção de pesar pelo falecimento da artista plástica e museóloga baiana Lygia Sampaio. Ela morreu no último dia 15 de julho, em Salvador.
No documento, a parlamentar destacou a trajetória de Lygia Sampaio e sua contribuição para o cenário das artes na Bahia. “Era uma pessoa linda e muito sensível, uma artista especial. Seus desenhos são belíssimos. Ela deixa, além de sua arte, muita saudade, talento e um doce sorriso. Que sua leve alma descanse em paz, Lygia”, desejou a parlamentar.
Natural de Salvador, Lygia e trou na Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 1948, aos
20 anos de idade, desafiando os padrões vigentes da sociedade, aventurando-se em lugares considerados “impróprios” para as mulheres da época. “A grande artista Lygia Sampaio foi a única mulher a integrar o movimento de renovação das Artes Plásticas baianas, nas décadas 40 e 50”, exemplificou Fabíola Mansur.
Ao longo da sua carreira, trabalhou por 30 anos no Arquivo da Prefeitura de Salvador e formou-se em Museologia pela
Ufba em 1975. Implantou o Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e participou do movimento renovador das artes plásticas baianas ao lado de nomes como Mario Cravo, Carybé, Rubem Valentim, Genaro de Carvalho, Jenner e Carlos Bastos.
Lygia também esteve presente nos Salões Baianos de Belas Artes de 1949, 1950, 1951, 1954 e 1955, com menção honrosa em pintura (1951) e menção honrosa em desenho (1954 e 1955). Expôs também no Salão Nacional de Belas Artes em 1952, no Rio de Janeiro, onde estudou com Santa Rosa. Teve ainda como mestres Presciliano Silva, Mendonça Filho e Alberto Valença. Dentre seus trabalhos, a última exposição ocorreu em 2014, no Museu de Arte Sacra de Salvador: Lygia Sampaio, 60 anos de pena e pincel, com trabalhos a óleo, aquarelas, desenhos a bico de pena e técnica mista, que datavam de 1949 a 2014.

