Um laudo pericial feito no corpo de Lázaro Barbosa, conhecido por protagonizar uma extensa caçada policial em 2021, indicou que nem todos os tiros que o atingiram partiram das armas da Polícia Militar de Goiás. O documento, elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), apontou a presença de projéteis de calibres diferentes daqueles utilizados oficialmente pelos policiais goianos durante a operação.
De acordo com a apuração do O Popular, os peritos encontraram no corpo ao menos dois tipos distintos de munição, o que levantou questionamentos sobre a participação de outros agentes armados no confronto final — ou mesmo sobre disparos ocorridos após o cerco policial.
O laudo foi encaminhado à Polícia Civil de Goiás, que instaurou um procedimento investigativo para esclarecer quem efetuou cada disparo e em que circunstâncias os tiros ocorreram. As autoridades afirmaram que ainda é cedo para determinar a origem de todos os projéteis, mas reconheceram que o resultado do exame abre novas frentes de apuração.
A Polícia Militar, por sua vez, reiterou que toda a ação seguiu os protocolos operacionais e que Lázaro reagiu à abordagem, o que teria levado à troca de tiros. Ainda assim, a corporação confirmou que cooperaria com a investigação e forneceria as informações balísticas necessárias.
O laudo também detalha a gravidade dos ferimentos, revelando que Lázaro foi atingido por diversos disparos, alguns deles fatais. Os especialistas não conseguiram concluir se todos os tiros foram efetuados durante o confronto direto ou se houve disparos posteriores.
Com o resultado, a investigação busca determinar quantos atiradores estiveram envolvidos, quais armas foram disparadas e a origem exata de cada projétil, a fim de dar uma explicação definitiva para as circunstâncias da morte.
Fonte: O Popular


