Os restos mortais do cantor Claudinho, que fazia dupla com Buchecha, desapareceram do jazigo da família. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro está investigando o caso. As informações são do colunista Alessandro Lo-Bianco, do portal IG.
Segundo informações de um processo judicial que tramita na 1ª Vara Cível da Ilha do Governador, o espaço teria sido vendido de forma ilegal para outra família, em 2021. A gravadora Universal Music foi responsável por comprar o jazigo e repassá-lo para a esposa do cantor, Vanessa Alves. Hoje, uma mulher está sepultada no local. Ela foi identificada como Mercedes Lema Suárez de Mato.
A viúva de Claudinho ficou sabendo do sumiço dos restos mortais do companheiro por meio de relatos nas redes sociais. De acordo com os autos do processo, um fã do músico foi ao cemitério para visitar o jazigo do artista, descobriu a história e avisou para Vanessa.
“Os restos mortais do cantor não mais se encontravam em seu devido jazigo e sim de outra pessoa, diante de uma realidade perturbadora, que não apenas viola o direito à memória e ao luto, mas também expõe falhas graves no gerenciamento dos espaços cemiteriais”, diz um trecho do processo.
Depois de procurar a administração do cemitério, Vanessa recebeu a orientação de que deveria enviar um e-mail para reclamar. A administração do cemitério afirma que um telegrama de aviso sobre a renovação do jazigo foi enviado para a família do funkeiro, que alega que nunca recebeu essa informação.
“Me informaram que fizeram a exumação após tentar contato com a família por telegrama. (…) Fiquei muito triste. Por ser um jazigo perpétuo, eles não deveriam abrir”, disse a viúva.
Claudinho morreu aos 26 anos, em 2002, vítima de um acidente de carro.