A britânica (direita) não teve nenhum sintoma de câncer de pulmão além da fadiga, que ela achava ser sequela da infecção pelo coronavírus
No final de 2020, aos 57 anos, a britânica Melanie Erwin procurou um médico por acreditar estar com Covid longa, quadro pós infecção por coronavírus que tem como principais sintomas fadiga e nevoeiro cerebral. Se sentindo muito cansada, a mulher, que nunca fumou, é vegetariana e faz aulas regulares de ioga acreditava que algo estava errado com a própria saúde.
O médico pediu um raio X, e o exame revelou uma massa em seu pulmão esquerdo. Depois de uma biópsia, Melanie foi diagnosticada com câncer de pulmão de não-pequenas células, o tipo mais comum da doença, em estágio 4.
“As pessoas tendem a ficar muito surpresas quando digo que tipo de câncer tenho. Eles olham para mim e para o meu estilo de vida muito saudável e não conseguem entender como tenho esta doença”, conta, em entrevista ao jornal The Mirror.
Melanie fez quimioterapia, radioterapia e cirurgia, mas foram identificados novos nódulos em 2022. Eles eram muito pequenos para fazer biópsia, mas cresceram e, em março de 2024, os médicos descobriram que os tumores são cancerígenos e que o câncer está em seu último estágio.
O diagnóstico veio como um choque para a britânica, que conta, em textos publicados em um blog, que acreditava ser uma sentença de morte e ficou completamente entorpecida quando recebeu a notícia. Hoje, ela faz tratamento com medicação para evitar o desenvolvimento dos tumores, mas sabe que, em algum ponto, o remédio vai parar de fazer efeito.
“Minha esperança é que, até lá, outra droga estará disponível. Meu objetivo é viver com câncer de pulmão em estágio 4 e eventualmente morrer com ele, não por causa dele”, afirma.