Líder kardecista foi internado em Salvador para fazer tratamento contra um câncer na bexiga. Saiba sintomas da doença
O médium Divaldo Franco, 97 anos, grande nome do kardecismo no Brasil, foi internado em Salvador (BA) para fazer um tratamento contra o câncer de bexiga.
Ele descobriu os sintomas ao sentir dores ao urinar e, segundo as informações médicas disponíveis, o tumor é pequeno e está localizado. A internação teria sido planejada para permitir maior supervisão durante o tratamento médico, seria uma precaução devido à idade avançada do líder religioso.
As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) são de cerca de 11 mil novos casos de câncer de bexiga por ano no Brasil, provocando cerca de 5 mil óbitos. Ignorar os sinais que o corpo dá pode atrasar o diagnóstico, diminuindo as chances de cura.
Relação com o tabagismo
Além de ser mais prevalente em pessoas acima dos 65 anos, o câncer de bexiga é mais comum em fumantes. “Quase metade dos pacientes com esse tipo de neoplasia têm um histórico importante de tabagismo no passado ou são fumantes ativos no momento do diagnóstico”, explica o cirurgião oncológico Leandro Carvalho Ribeiro, professor de medicina da Universidade Positivo.
Isso ocorre por que as células que cobrem o interior da bexiga são especialmente sensíveis a mudanças quando são expostas ao efeito da nicotina e de substâncias presentes na composição do cigarro.
Além do tabagismo, outros fatores também podem causar esse tipo de câncer, tais como a exposição a compostos químicos (aminas aromáticas, agrotóxicos, entre outros). O histórico familiar da doença e a ocorrência frequente de infecções crônicas também aumentam o risco.
Quais os sintomas de câncer de bexiga?
A dor e o desconforto no ato de urinar costumam ser os principais sinais de alerta para o câncer de bexiga. Além deles, podem aparecer sangue na urina e necessidade frequente de urinar.
Quando descoberto inicialmente, a chance de sobrevida é acima de 80%. O problema é que, muitas vezes, os sintomas são negligenciados pelos pacientes e a doença só é descoberta quando o tumor se espalha para outras regiões do organismo.
“É preciso observar a urina e ver se há presença de sangue. Além disso, atentar-se à dor ou queimação na hora de urinar e à mudanças nos hábitos urinários, tanto em relação ao fluxo, como na vontade de urinar mesmo com a bexiga vazia, e o aumento na frequência de idas ao banheiro”, explicou o oncologista Paulo Lages, da rede de clínicas Oncovida, em entrevista anterior ao Metrópoles.